sexta-feira, 20 de março de 2015

Projeto Leitura Mágica - livros de fevereiro


Olá pessoal! 


Atrasei minhas páginas do projetos e estou correndo para por tudo em dia. 
No mês de fevereiro os temas foram:   Clássico da Literatura Brasileira e Fantasia 

Acabei invertendo a sequência e a Fantasia vai como tema 3 no meu fichário. 
Tenho mania de comprar livro pela capa...  é  muito difícil resistir a uma capa bonita! E geralmente funciona e o conteúdo não decepciona, mas dessa vez não rolou! Achei o livro bem chatinho e muito sem graça. Fantasia já não é um tema que eu goste, e querendo   fugir das trilogias e séries acabei escolhendo esse. 

Pior  é que foi um livro premiado e tudo... Enfim um breve resuminho:

JJ Liddy é um adolescente criado em uma família de músicos. A família é famosa na região por manterem a tradição de tocar na própria casa  as músicas folclóricas irlandesas.  E JJ acompanha a família  tocando violino.  Numa discussão na escola descobre algo sobre  seu avô e começa a investigar o seu passado. 
Além do segredo de sua família, Liddy vive intrigado com a questão da falta de tempo.  E parte em uma jornada para descobrir sobre sua família e para conseguir mais tempo - uma queixa constante de sua mãe. Ele vai parar em um mundo paralelo. 





Tem um série de elementos interessantes, além da questão da música e da cultura irlandesa, e mesmo assim a leitura não engrena.  Fiquei até o final esperando algo mais interessante nessa jornada e nada... 








E no tema Clássico Brasileiro escolhi Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.  Machado é meu autor clássico favorito. E esse  livro, a  maioria das pessoas mesmo sem ter lido,  sabe do que se trata.  A frase do autor defunto é um clássico das aulas de literatura na escola. "  Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria". 

Uma narrativa que  descreve o próprio enterro do autor e personagem,  e que segue relatando sua  trajetória de vida do finado Cubas desde a infância. A relação com o pai, a amizade com Quincas Borba, as aventuras amorosas e a carreira na política, tudo é revisto no momento de sua morte. 




O estilo é o mesmo que já havia me conquistado em Dom Casmurro -  ironia,  crítica social, a interação com o leitor. Também chama a atenção o uso dos capítulos curtos e  a narração não linear e  que por vezes,  parecem devaneios do autor. 

Diferente dos livros tradicionais, com histórias que seguem começo, meio e fim, Machado deve ser curtido capítulo por capítulo. Frase a frase... Mais do que esperar pelo desfecho da trama, nessa obra,  aguardamos a próxima ironia, a próxima brincadeira com o leitor. 

Uma leitura para ser apreciada aos poucos, curtindo a narrativa  em si, com suas idas e vindas, seus detalhes sem sentido aparente, suas provocações. 

É tentar absorver  o estilo de um autor genial e compreender o seu raciocínio. 





Um leitura mais difícil e demorada, mas que vale muito a pena. Recomendo! 
E se for uma edição linda como a minha da Abril Coleções, fica ainda mais perfeito. 


Obrigada pela visita! 

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