Olá pessoal!
Atrasei minhas páginas do projetos e estou correndo para por tudo em dia.
No mês de fevereiro os temas foram: Clássico da Literatura Brasileira e Fantasia
Acabei invertendo a sequência e a Fantasia vai como tema 3 no meu fichário.
Tenho mania de comprar livro pela capa... é muito difícil resistir a uma capa bonita! E geralmente funciona e o conteúdo não decepciona, mas dessa vez não rolou! Achei o livro bem chatinho e muito sem graça. Fantasia já não é um tema que eu goste, e querendo fugir das trilogias e séries acabei escolhendo esse.
Pior é que foi um livro premiado e tudo... Enfim um breve resuminho:
JJ Liddy é um adolescente criado em uma família de músicos. A família é famosa na região por manterem a tradição de tocar na própria casa as músicas folclóricas irlandesas. E JJ acompanha a família tocando violino. Numa discussão na escola descobre algo sobre seu avô e começa a investigar o seu passado.
Além do segredo de sua família, Liddy vive intrigado com a questão da falta de tempo. E parte em uma jornada para descobrir sobre sua família e para conseguir mais tempo - uma queixa constante de sua mãe. Ele vai parar em um mundo paralelo.
Tem um série de elementos interessantes, além da questão da música e da cultura irlandesa, e mesmo assim a leitura não engrena. Fiquei até o final esperando algo mais interessante nessa jornada e nada...
E no tema Clássico Brasileiro escolhi Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Machado é meu autor clássico favorito. E esse livro, a maioria das pessoas mesmo sem ter lido, sabe do que se trata. A frase do autor defunto é um clássico das aulas de literatura na escola. " Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria".
Uma narrativa que descreve o próprio enterro do autor e personagem, e que segue relatando sua trajetória de vida do finado Cubas desde a infância. A relação com o pai, a amizade com Quincas Borba, as aventuras amorosas e a carreira na política, tudo é revisto no momento de sua morte.
O estilo é o mesmo que já havia me conquistado em Dom Casmurro - ironia, crítica social, a interação com o leitor. Também chama a atenção o uso dos capítulos curtos e a narração não linear e que por vezes, parecem devaneios do autor.
Diferente dos livros tradicionais, com histórias que seguem começo, meio e fim, Machado deve ser curtido capítulo por capítulo. Frase a frase... Mais do que esperar pelo desfecho da trama, nessa obra, aguardamos a próxima ironia, a próxima brincadeira com o leitor.
Uma leitura para ser apreciada aos poucos, curtindo a narrativa em si, com suas idas e vindas, seus detalhes sem sentido aparente, suas provocações.
É tentar absorver o estilo de um autor genial e compreender o seu raciocínio.
Um leitura mais difícil e demorada, mas que vale muito a pena. Recomendo!
E se for uma edição linda como a minha da Abril Coleções, fica ainda mais perfeito.
Obrigada pela visita!
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